E você pode ter feito a merda. Ter feito a merda de ter investido naquele negócio que te fodeu as economias, ter feito a merda de beber demais na noite passada, ter feito a merda de se apaixonar, ter feito a merda de falar o que não devia. Mas às vezes a merda simplesmente vem.
Num belo dia de sol você está dirigindo toda feliz e cai aquele monte de bosta em cima do seu pára-brisas, atrapalhando toda sua visão. Se alguém jogou, se o destino fez alguém cagar ali na exata hora em que você passava ou se Deus resolveu sujar tua vida não importa. O que importa é que aquele monte de fezes tá ali e você precisa fazer algo para limpar.
E olha, vou ser sincera. Se ela só te atrapalhasse a visão seria simples, mas essa merda fede. Ela fede, impregna em tudo que toca, suja e te deixa enojado por um bom tempo. E isso mexe com teus sentidos, com a tua sanidade. Mexe porque você não consegue pensar em mais nada do que limpar aquela merda toda logo pra poder voltar a dirigir e seguir tua viagem.
E é nessa hora que o mais difícil se torna manter-se consciente. Manter-se consciente para poder pensar racionalmente no que se pode fazer para sair dessa situação de merda, desse monte de bosta. Pode demorar dias, meses, anos, nunca chegar, te fazer chorar, ensandecer, alucinar, cegar. Mas se você encontrar uma saída, certamente limpará tudo sem deixar nenhum resquício que afete qualquer fator sensorial em ti.
E se para você anda difícil achar a saída, eu lhe digo o que eu tenho pensado. Eu tenho pensado constantemente: "Eu tenho a porra do amor, Merda!". O amor. Sim, eu o tenho. Eu o tenho e lhe digo que ele existe, que ele é bom, que ele é belo, que ele lhe enche de vontade e esperança. Eu o tenho e posso lhe garantir que todo o clichê que o ronda é real, é mais palpável do que imaginamos, e que é só saber reconhecê-lo. Eu tenho o amor que me acolhe quando eu preciso, eu tenho o amor que me faz lutar por causas irremediáveis a fim de felicitar aqueles que eu amo. E eu tenho o meu amor por mim, o amor que me faz crer que tudo aquilo que eu exerço deve me beneficiar, que tudo aquilo que eu quero me fará sentir tudo que é possível.
E para mim o amor e a merda se relacionam nitidamente. Às vezes o amor é uma merda, a merda de tudo é um amor, às vezes o amor se transforma em merda e a merda se acaba pelo amor.
E por fim pense nos dois no sentido mais literal imaginável. Mentalize o amor como o coração vermelho carnudo com voltinhas bem arredondadas e a merda como aquela merda bem merda, que você sente o cheiro do outro lado da rua, que é visível até para quem passa a quilômetros de distância dela. Tente misturar os dois e perceba o quão incompatíveis são. Percebeu? É por isso que por mais relativos que possam ser, não os misture. Separe a merda do amor, veja o amor como fuga para a merda e, se assim desejar, veja o contrário também. Sinta como é importante se salvar de alguma forma de uma delas através da outra e entenda que, o amor sem a merda nunca seria valorizado e, pra quem está na merda e não tem amor... Se prepara que pra ti, o negócio vai feder. Por um bom tempo.
Um comentário:
O.o pqp! e eu achei que estava na merda hein rs,
Belas palavras rs.
..mas tipo assim, afinal qual foi a grande merda que aconteceu na sua vida? rs.
ou sei lá, revolta de alguma merda que aconteceu rs...
Vamos falar de merda \0/
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