segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sinto muito.

Eu sei que sinto. E sinto muito. As pessoas costumam dizer que sentem muito ao ouvir uma má noticia sobre a vida de alguém ou quando cometem algum ato inadequado e querem pedir perdão. Eu não. Eu acho que sinto muito sempre. E não tenho acompanhamentos para o meu sentir, sentir pra mim deve-se bastar em apenas sentir. A palavra em si tem um significado muito forte, muito bonito. Seja alegria, tristeza, raiva, dor, amor ou qualquer tipo de emoção, sentir tem que ser sempre o ator principal. Nós deveríamos nos ater em exercitar o nosso sentir, pelo simples fato de que isso ensinaria muita coisa sobre a vida, sobre quem somos.

Sentir consiste em conseguir tocar uma flor e se deixar levar pela tua leveza, tocar de leve sua maciez e imaginar aquele perfumado veludo tocar teu corpo inteiro, como uma sensação reconfortante de quem se deita e se cobre num dia frio de inverno.

Sentir alguém é saber entrar em contato com a sintonia do outro, entender que sua alma só está completa quando conseguir sentir outras almas e aceitá-las para ti

Sentir é o desejo rápido de saborear algo, alguém ou tudo, é saber apreciar o gosto por aquilo que se tem e tentar saciar sempre a vontade de experimentar novos sabores.

Sentir é reconhecer o cheiro da comida de casa, é sentir um perfume na rua e lembrar-se de antigos amores, é sonhar com lembranças boas de uma vida bem vivida.

Sentir me realiza como pessoa, me faz crer em quem eu sou. Quando me sinto eu sei que posso ir aonde eu quiser, sem me preocupar com o caminho que terei que andar ou quanto tempo demorarei pra chegar lá.

Eu repito que sinto muito. Sinto muito os cheiros, sinto muito os sabores, os sentimentos. Sinto muito você, sinto muito eu. E eu gosto disso.

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