
E eu desejava entender a coisa toda. Pra falar a verdade, eu ainda desejo mas fazer referência ao passado faz a coisa toda parecer mais antiquada, menos coisa toda, quase coisa nenhuma, insignificante.
A coisa toda na realidade, me consumia, tornava-se cada vez mais difícil de entender e mais essencial no meu processo de realização humana.
Eu queria trocar o dia pela noite, a sobrevivência pela vida, o certo pelo errado, mas aquela coisa toda não me deixava. Ela era tão mutável, uma hora se parecia com uma coisa presa na minha garganta que impedia minha respiração, outras vezes se fazia de coisa boa que queria me deixar feliz, como milhares de borboletas se debatendo pelo meu estômago.
Sei que não é fácil de se entender mas, acredite, é muito mais difícil de se explicar. Não é explicável algo que a gente não conhece.
Eu só queria saber lidar com essa coisa toda que, não sei como se chama mas, por enquanto, apenas por conveniência, resolvi chamar de "eu".
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